A violência contra os pais é muitas vezes discutida em várias áreas que trabalham com a família, muitas das quais descrevem este fenómeno em geral e em crescimento. Cada vez mais se tem um conhecimento informal desta realidade. Poucas estatísticas se encontram disponíveis sobre esta problemática. Mas a realidade indica que este tipo de violência representa um importante problema social.
Existe muito pouca informação relativamente à violência contra os pais, não existe muita clareza acerca deste fenómeno e em relação ao vasto espectro sobre violência conjugal/violência família e inadequada informação/investigação para resolver estas lacunas. A falta de informação sobre a violência contra os pais reflecte as atitudes sociais de culpar os pais e os cuidadores do comportamento violento dos seus filhos adolescentes.
Existe um sentimento de vergonha profundo que vai passar por este comportamento dos pais que pensam que não estão a desempenhar o melhor papel e estão preocupados com o facto das outras pessoas descobrirem. A actual investigação nesta área ainda inexplorada é unânime em apontar para a sobreposição de diferentes formas de violência, sintomas de vitimação, factores causais, distorções cognitivas e modelos de intervenção. A revisão de literatura completa características comuns para sublinhar as ligações entre abuso infantil, testemunho da violência conjugal e agressividade na adolescência.
Definições para violência contra os pais são escassas e difíceis de alcançar. A adolescência pode ser um tempo difícil tanto para os adolescentes como para os pais, bem como a linha entre a normalidade e os comportamentos de mudança/abusivos. À luz das semelhanças em questão do poder e tácticas utilizadas no abuso conjugal e parental, a maioria das definições da violência contra os pais são derivados da terminologia da violência doméstica.
A literatura canadiana é a que se apresenta mais completa na sua investigação sobre violência contra os pais, oferecendo mais conceptualização. A Unidade de Prevenção em Violência da Família (UNITA), tem alguns estudos com adolescentes violentos, os seus pais e prestadores de serviços desenvolveram o que parece ser a definição mais abrangente da violência contra os pais até à data repartindo um peso igualitário por todas as formas de abuso. A definição para violência contra os pais é qualquer acto em que a crianças/filho (a) provoca danos físicos, psicológicos ou financeiros para obter poder e controlo em um dos pais ou em ambos. Geralmente inicia-se com abuso verbal.
Prevalência
Os dados nos Estados Unidos da América mostram estimativas da incidência da violência contra os pais nas famílias de 7% a 18%, sendo a violência contra os dois progenitores. Em relação a famílias monoparentais ronda os 29%. As investigações canadianas estimam que um em cada dez pais são maltratados pelos seus filhos, da mesma forma que se estima que este tipo de violência ronda cerca de 4% no Japão e é relativamente baixo em França com cerca de 0,6%.
Quem perpreta a violência contra quem?
Os poucos estudos disponíveis mostram que os autores deste tipo de violência tanto são homens como mulheres. Este aspecto é consistente com as recentes conclusões sobre o aumento de criminalidade e na delinquência por parte das mulheres. A grande diferença apesar de não estar focada na representação do género, aparecem no tipo de violência utilizada. Os homens são mais propensos a utilizarem violência física e as mulheres violência emocional.
Estudos sobre a violência contra os pais na tentativa de encontrarem preditores demonstram que os homens são mais propensos a cometer violência contra amigos e desconhecidos, incluindo os pais. Enquanto as mulheres relatam mais situações em que forem testemunhas de violência interparental, dai serem susceptíveis de serem menos violentas com os seus pais. Comportamentos desviantes, dificuldades na escola e consumos aditivos como álcool e drogas também foram identificados como preditores para a violência na adolescência. A continuação da violência nas diferentes fases do desenvolvimento as causas foram atribuídas à influência social que apoiam comportamentos violentos.
Estudos canadianos indicam que o abuso começa entre os 12 e os 14 anos, embora estudos anteriores nos Estados Unidos da América estimam que o pico da idade para a violência nos adolescentes é entre os 15 e os 17 anos de idade.
Vítimas
Em geral, mães e cuidadoras do sexo feminino são mais frequentemente vítimas deste tipo de violência as mulheres tem mais propensão a serem mais violentas com as suas mães do que com os seus pais.
Tipos de família
Informações erróneas sugerem que só existe violência contra os pais no interior de famílias monoparentais. Esta crença é difícil de desmistificar devido à falta de pesquisa primária e das escassas estatísticas oficiais sobre a prevalência deste tipo de violência.
No estudo canadiano, Cottrell investigou numa amostra de 45 famílias este tipo de violência, sendo a maioria famílias monoparentais. Enquanto em 1999, num estudo francês com 22 adolescentes violentos a amostra continha 64% dos adolescentes que faziam parte duma família com dois progenitores e 36% que faziam parte de famílias monoparentais. Um estudo recente na Austrália com 17 mães, vítimas deste tipo de violência mostra números muito semelhantes entre famílias com ambos os pais e monoparentais.
Rotular o tipo de família associada a este fenómeno, com a limitação dos estudos existentes e com a amostra reduzida a um tipo de família é impossível. Só um estudo com uma amostra mais abrangente poderia clarificar se existe algum tipo de família associada à violência contra os pais.
Métodos de intervenção
Trabalho individual com as vítimas e perpetradores da violência contra os pais é mais comum do que o modelo de trabalho de grupo.
O conceito da família e a terapia narrativa parecem ser mais amplamente utilizados por estess serviços na abordagem à violência contra os pais. O contexto familiar é fundamental na avaliação da extensão da violência do adolescente com os pais, como muitas vezes identifica outras formas de violência familiar em casa, assim como no exterior, e que contribui para desaprender padrões de violência que podem estar presentes em casa.
Prevenção Primária
Ao trabalhar a este nível é crucial e importante promover uma maior compreensão sobre a violência contra os pais. Isto permite que as famílias não desenvolvam a culpa e compreendam a violência como um leque mais complexo do que circunstâncias. Também promove o sentimento de ajuda e acompanhamento nos pais, para que não sintam que são os únicos a terem problemas com os adolescentes. Para a compreensão da sociedade para a violência contra os pais, os seus efeitos e causas é importante promover a prevenção primária. Grande parte da literatura encoraja fortemente o desenvolvimento humano e ecologia humana como abordagem à prevenção de violência, que explora “fortes de apoio social e familiar, experiências subjectivas da juventude e do papel do género na socialização. Esta abordagem reforça a interacção social e resolução de problemas, competências e ensina os jovens a lidar com conflitos sem recorrer à violência.
Ao trabalhar a este nível é crucial e importante promover uma maior compreensão sobre a violência contra os pais. Isto permite que as famílias não desenvolvam a culpa e compreendam a violência como um leque mais complexo do que circunstâncias. Também promove o sentimento de ajuda e acompanhamento nos pais, para que não sintam que são os únicos a terem problemas com os adolescentes. Para a compreensão da sociedade para a violência contra os pais, os seus efeitos e causas é importante promover a prevenção primária. Grande parte da literatura encoraja fortemente o desenvolvimento humano e ecologia humana como abordagem à prevenção de violência, que explora “fortes de apoio social e familiar, experiências subjectivas da juventude e do papel do género na socialização. Esta abordagem reforça a interacção social e resolução de problemas, competências e ensina os jovens a lidar com conflitos sem recorrer à violência.
Onde pedir ajuda:
APAV – Associação de Apoio à Vítima
GNR – Guarda Nacional Republicana
PSP – Polícia de Segurança Pública
CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
MP – Ministério Público
Nota: Não vai ser cedido bibliografia de momento, porque continuamos a trabalhar nesta temática.